A Única Coisa Que Realmente Importa

Sermões e Mensagens

Vivemos em um mundo cheio de experiências: alegrias, perdas, conquistas, dores e lembranças. Ao longo da vida, acumulamos histórias e construímos uma identidade baseada no que fizemos e vivemos. Contudo, ao olhar para a eternidade, somos confrontados com uma pergunta fundamental: o que realmente importa?

Essa pergunta não é apenas filosófica; ela é profundamente espiritual. Quando colocamos todas as nossas vivências sob a luz da eternidade, compreendemos que tudo perde o valor diante de uma única realidade: Cristo.

1. O Valor das Experiências Humanas

As experiências da vida são valiosas, sim. Deus nos dá o tempo presente como um dom. Rir, chorar, trabalhar, sonhar e amar fazem parte do plano divino. Mas não podemos permitir que essas experiências nos façam esquecer o propósito maior da existência: conhecer a Deus e nos prepararmos para a eternidade.

Salmo 90 verso 12 diz:
“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos um coração sábio.”

Somos convidados a viver com sabedoria, e essa sabedoria começa quando entendemos que nossas experiências não devem ser fins em si mesmas. Elas devem nos conduzir a um relacionamento mais profundo com o nosso Criador.

Ellen G. White escreveu:
“A vida é muito solene para ser absorvida por assuntos triviais. Somente aqueles que apreciam a verdadeira seriedade da existência e vivem com referência à eternidade, estão em terreno seguro.”
(Mente, Caráter e Personalidade, vol. 2, p. 565)

2. O Encontro com Cristo Transforma Tudo

Há um momento em que tudo muda: o encontro com Cristo. Não se trata de uma experiência emocional apenas, mas de um novo nascimento, uma mudança radical de valores e prioridades.

Paulo escreve em Filipenses 3 verso 8:
“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por quem sofri a perda de todas essas coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo.”

Veja o contraste: tudo o que antes era importante para Paulo — seu passado religioso, sua formação, seu prestígio — agora é lixo, diante do conhecimento de Jesus. A vida ganha novo significado. O que importa não é o que ele viveu, mas o que Cristo fez por ele.

E esse é o convite para todos nós: deixar que Cristo reordene os valores da nossa história. Não é negar o passado, mas reconhecer que ele só tem sentido se nos conduz ao Salvador.

3. A Certeza da Esperança

O grande tema que se levanta é a esperança. Em um mundo de incertezas, doenças, tragédias e instabilidades, precisamos de uma âncora segura. E essa âncora é a promessa de Jesus: Ele vai voltar. E todos os que O amam terão um reencontro glorioso com Ele.

João 14 versos 1 a 3 nos trazem essa promessa:
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também.”

A esperança cristã não é uma emoção vaga; é uma certeza fundamentada na fidelidade de Deus. Essa esperança nos sustenta nos dias maus, nos consola nas perdas, e nos direciona na vida.

Ellen G. White declarou:
“A segunda vinda de Cristo é a esperança da igreja, a alegria da esperança cristã. Quando o Salvador voltar, Ele levará consigo os que O aguardam.”
(O Grande Conflito, p. 302)

4. A Transitoriedade da Vida

Em contraste com a eternidade, a vida presente é como um vapor. Tiago 4 verso 14 nos lembra:
“Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.”

É importante entender que as glórias desta vida passam. Os troféus que conquistamos, os bens que adquirimos, as posições que alcançamos — tudo será deixado para trás. A única coisa que permanecerá será nosso relacionamento com Deus.

Isso não é um convite ao desânimo, mas à reflexão. Quando compreendemos a brevidade da vida, somos levados a fazer escolhas mais eternas, a investir no que não perece.

Ellen G. White reforça esse pensamento:
“A vida que agora vivemos deve ser uma preparação para a vida futura. Esta vida é o tempo concedido para que formemos um caráter que nos habilite a entrar nas mansões celestiais.”
(Testemunhos Seletos, vol. 1, p. 406)

5. O Amor de Cristo como Fundamento

Em meio a todas as experiências, existe um amor que jamais falha. Cristo não apenas nos redime; Ele caminha conosco em cada capítulo da nossa história. Ele está presente no choro e no riso, nas perdas e nos ganhos, nos vales e nos montes.

Romanos 8 versos 38 e 39 são um cântico de certeza:
“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”

Esse amor não apenas nos alcança; ele nos transforma. E um dia, esse amor nos levará para casa.

Conclusão

Tudo o que vivemos tem valor — mas só encontra verdadeiro sentido quando está aos pés de Cristo. A salvação, o amor de Jesus e a esperança de Sua volta são as únicas realidades eternas. A vida é bela, sim, mas ela não é o fim. Ela é o caminho.

Quando estivermos diante do Salvador, olhando-O face a face, todo o resto parecerá pequeno. E então poderemos dizer: valeu a pena viver, porque conheci o meu Redentor.

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